Ação de conscientização realizada pela Arteris faz parte da campanha Maio Amarelo.

As três concessionárias da Arteris - Litoral Sul, Planalto Sul e Régis Bittencourt - se uniram para realizar uma ação de conscientização sobre o uso do cinto de segurança nos ônibus intermunicipais que ocorreu na quarta-feira (22) na Rodoferroviária de Curitiba.

Durante a ação, foram abordadas 535 pessoas que embarcavam nos ônibus rodoviários, que receberam um folder da campanha Tô de Cinto, Tô Seguro e ouviram dos agentes da concessionária alertas sobre a importância do uso do cinto de segurança.

Um relatório da Arteris, de 2023, aponta que de cada 10 vítimas fatais, elegíveis ao uso do equipamento, em acidentes nas rodovias BR-376/PR e BR-101/SC, nove não utilizavam o cinto de segurança, como explicou o supervisor de Operações da Arteris, Alexsandro de Faveri.

“Em um acidente, as vítimas fatais geralmente são as pessoas que não utilizam o cinto de segurança. As pessoas se sentem ‘seguras’ dentro do ônibus. Em uma viagem longa o uso do cinto pode se tornar desconfortável e as pessoas não utilizam. Elas têm que pensar diferente, por isso que a Arteris realiza essas campanhas para conscientizar os passageiros, não só dos ônibus, mas também no dia a dia das rodovias para que utilizem o cinto de segurança, pois podemos salvar muitas vidas com o simples ato de usar o cinto de segurança”.

Para a analista de Responsabilidade Social da Arteris, Liliane Garcia, realizar a campanha na Rodoferroviária foi importante, pois desde o início da viagem os passageiros já estão conscientes da necessidade e dos benefícios de usar o cinto de segurança. “Do mesmo jeito que a Arteris faz essa ação ao longo da rodovia, aqui na rodoviária aproveitamos o momento em que as pessoas estão aguardando a saída dos ônibus para ouvirem a mensagem. O uso do cinto é importante para a prevenção de acidentes, é uma forma de preservar as vidas. E essa ação é mais importante agora no Maio Amarelo”.

A campanha, realizada na Rodoferroviária de Curitiba, contou com a parceria da Urbanização de Curitiba (URBS), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Guarda Municipal de Curitiba.

A policial rodoviária Federal, Soraya Lemos reforçou a necessidade do uso do cinto de segurança e alertou que a ausência da utilização pode agravar a situação dos passageiros em caso de acidentes. “Os acidentes que acontecem nas rodovias, às vezes, são com muita gravidade pelo fato de o passageiro não utilizar o cinto, por estar transitando pelo ônibus. O passageiro deve se manter sentado durante toda a viagem e utilizando o cinto. Sem o cinto, em caso de acidente, as pessoas são projetadas, tanto para fora do veículo, como para a frente, esmagando os demais passageiros. Por isso acontecem os acidentes fatais”, alertou.

Vítimas fatais sem cinto de segurança

Um levantamento de 2023 das concessionárias Arteris evidenciam a preocupação com o tema. Na Arteris Litoral Sul, entre Curitiba (BR-116 e BR-376) e Palhoça/SC (BR-101), 90% das vítimas de acidentes fatais estavam sem o cinto de segurança. Já na Arteris Planalto Sul, que liga Curitiba até a divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul pela BR-116, o índice de mortos no trânsito que não utilizam o cinto de segurança foi de 75%. A concessionária ressalta que essa porcentagem leva em consideração somente os acidentes com pessoas elegíveis a utilização de cinto, ou seja, condutores e passageiros de automóveis, caminhões e ônibus.

Em relação aos veículos pesados (ônibus, carretas e caminhões), a Concessionária identificou uma elevação de 19% no número de vítimas de acidentes que não utilizavam cinto de segurança.

Dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) corroboram a necessidade e a importância dessas iniciativas, já que, no mesmo ano, uma média de 275 motoristas foram multados por hora nas rodovias brasileiras pela falta do uso do equipamento. Vale lembrar que a infração por não usar cinto de segurança é considerada grave pelo CTB, com perda de 5 pontos na CNH e multa.

A penalidade, no entanto, não deve preocupar mais do que salvar uma vida no trânsito. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, o uso do equipamento reduz em até 60% o risco de morte e ferimentos graves para passageiros no banco da frente e em até 44% para os do banco traseiro. O estudo publicado pela entidade ainda comprova que cerca de 50% da eficácia dos cintos de segurança se deve à prevenção da ejeção de ocupantes.

Investimentos, inovação e redução de acidentes

A Arteris foi a empresa privada que mais investiu no Brasil na última década. Entre 2010 e 2023, esse valor já ultrapassou os R$23 bilhões, que, somados às iniciativas de educação no trânsito do Programa Viva, foram essenciais para a redução de acidentes.

Entre 2010 e 2020, a Arteris reduziu em mais de 51% o número de fatalidades em suas estradas após a assinatura do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso que foi renovado de forma voluntária para a próxima década, entre 2020 e 2030.